Hoje é dia das mães: mais uma data capitalista que nos força a sentir complexo de culpa por não termos dado atenção a nossas mães nos últimos tempos e/ou ter ignorado seus conselhos...
Ontem ao passar por uma loja de chocolate quase gastei o equivalente a vinte caixas de bombom da marca mais vendida (não vou aqui citar marcas porque você deve imaginar qual eu estou falando) e, me perguntei: “bem, eu poderia dar para minha uma caixa de bombons toda semana durante meses”!Desisti, pois pensei que a minha mãe não pode comer tanto chocolate, pois anda fora de forma e isso seria um duplo complexo de culpa. Então, que tal flores?Ano passado eu quase surtei com a entrega de um ramalhete de roas vermelhas que foi disputado, acho que havia até quem estivesse dando lance por ele, por isso, resolvi antecipar a compra: porém, percebi que entregá-lo seria mais difícil do que eu poderia pensar, pois moro em Salvador e minha mãe mora em outra cidade... Mais uma vez, desisto do meu plano.
Maio para mim é um mês realmente penoso porque além dos dias das mães, tem o aniversário da minha mãe e sempre tenho duas ou mais pessoas que conheço casando... Em junho, acho que meu cartão de crédito deverá ficar guardado na gaveta e ainda bem que não gosto de festas juninas porque o prejuízo poderia ser bem pior!Ao contrário da maioria que fica triste e nostálgica no natal, eu não gosto da época do São João e, geralmente me isolo do mundo...
O cerne da questão, porém não é este.As pinceladas sobre o dia das mães, foi só uma embolação introdutória para falar de um fantasma entre as mulheres modernas: ser ou não ser mãe.
Eu confesso que estou na idade em nos sentimos vulneráveis a essa paranóia e sempre que medito sobre o assunto tanto me manter calma para não surtar... Estou lendo aquele livro campeão de vendas (mania atual é ler tudo que é mais vendido, golpe de publicidade fabuloso para vender milhões), porque sempre alguém fala ou conversa sobre o livro e quando você diz “ainda não li” parece ser o último dos seres humanos: foi assim com o fiasco do Marley, do Caçador de Código ilustrativo da Vinci (quem não sabe nada sobre are ou estória dar arte fica meio perdido); assim estou lendo aquele livro daquela americana magrela que viajou três países com I e confesso que às vezes tenho raiva dela, às vezes me solidarizo com suas confissões.
Entre elas, a dúvida de ser ou não ser mãe. Ela descreveu que jamais seria mãe, ainda não li o fim, também não sei se a autora é ou não mãe, opõe sei é que a achei vazia nesse momento.
A maioria das mulheres da minha geração está vivendo o fenômeno contrário ao de suas mães: talvez daqui a 30 anos, algum sociólogo estude ou crie a tese que separa esse omito histórico que vivemos; as mulheres conquistaram seu espaço, abriram mão de sua ocupação tradicionalmente de mãe e muitas hoje já optaram em não procriar.
Hoje, o tempo passa depressa e percebo que as mulheres de trinta não são as mulheres que dizem ser, são meninas despreparadas e que muitas vezes tentam passar maturidade, mas se perdem em suas conveniências, nas exigências de uma família tradicionalmente patriarcal e machista, e acabam fazendo casamentos, destruindo suas vidas, tudo por medo da solidão e/ou rejeição.
Quantas amigas eu não vi casarem com o primeiro príncipe “fajuto” só porque já se consideravam titias ou porque não achavam coisa melhor?Quantas continuaram suas vidas com aquele encosto de “namorido” que só as fizeram (e as farão ) sofrer porque tinham medo de passaram a “época de fogo” a sós?
A maioria de minhas amigas está preocupada porque ainda estão perambulando pelos barzinhos da vida, em busca do homem perfeito (que não existe) e se queixam que querem ter filhos, mas o tempo está passando e nenhum candidato aparece e...
-Por que não adotar uma criança se você tem tanta vontade de ser mãe?
-Mas, amiga, é uma responsabilidade muito grande!
-Casamento também não é?
-Ah, mas pelo menos o pai poderia assumir metade da responsabilidade, né?
-Ele pode sim contribuir para oferecer referenciais, é importante, eu admito, mas quantas crianças não foram criadas sem pai e foram seres humanos excepcionais, que falar das viúvas e mães solteiras?
-É...
-Então?
-Hummm, acho que é muito cedo prá isso...
-Ok, quando você tiver 50 talvez, né...
As mulheres querem o que nossas avós tinham de graça: pretendente. Óbvio que a sociedade mudou, os tempos mudaram, hoje a solteirice é bem mais atraente( principalmente para os moiçolos que continuam- mesmo com umas ruguinhas no canto do olho- a usarem camisa colada, malharem compulsivamente e irem prá balada pegar as menininhas de 20, no auge dos seus 40...).Infelizmente o bicho homem pode ter filhos até mesmo sendo um senhor caquético e eles, sabem disso muito bem.Infelizmente, o relógio biológico para com nós mulheres é implacável: um dia acordamos com 15 e outro dia não conseguimos dormir porque já temos 30...
Aliás, é triste é a ironia da vida. Qual a semelhança entre um eunuco e uma mulher que não pode mais ter filhos?Os dois podem ser bem submissos...
Antes de tudo quero esclarecer que não sou contra casamentos... Um leitor assíduo pode pensar que sou feminista ou que sou aquela militante radical que acha que as mulheres devem ser uma das personagens de sexy and the city, porém não sou assim.
Como a maioria das mulheres , sou romântica incurável sonho com meu casamento, porém não descarto a possibilidade de não vivê-lo.Eu tenho comigo meu plano B: e filhos, naturais ou não pretendo tê-los.
Aumenta a incidência de mulheres solteiras com crianças adotadas: venho percebendo através da convivência que muitas mulheres não conseguiram estabelecer a família tradicional e partiram para continuar sua estória com uma prole adotada.
Não é a síndrome da Angelina Jolie (se toda mulher depois que adotasse um órfão encontrasse um Brad Pitt, acho que não existiriam mais crianças de rua!), antes de todo esse boom de adoções eu já tinha isso em mente e, mesmo que eu tenha filhos naturais eu virei a adotar pelo menos um.
Hoje uma grande amiga de adolescência está com sua cria em casa, passando primeiro dia das mães amamentando, já que ela deu à luz faz pouco, só dois dias!Mas, esse fato me fez voltar a escrever e pensar: porque alguém não ia querer ter uma criança?Qual verdadeiro o dilema da mulher moderna: ter filhos ou não ou simplesmente não saber qual o papel que desempenha na atual vida moderna, já que ordem natural das coisas vem sendo mudada?
Que cada balzaca responda ou se cale para ouvir os sobrinhos...
Ontem ao passar por uma loja de chocolate quase gastei o equivalente a vinte caixas de bombom da marca mais vendida (não vou aqui citar marcas porque você deve imaginar qual eu estou falando) e, me perguntei: “bem, eu poderia dar para minha uma caixa de bombons toda semana durante meses”!Desisti, pois pensei que a minha mãe não pode comer tanto chocolate, pois anda fora de forma e isso seria um duplo complexo de culpa. Então, que tal flores?Ano passado eu quase surtei com a entrega de um ramalhete de roas vermelhas que foi disputado, acho que havia até quem estivesse dando lance por ele, por isso, resolvi antecipar a compra: porém, percebi que entregá-lo seria mais difícil do que eu poderia pensar, pois moro em Salvador e minha mãe mora em outra cidade... Mais uma vez, desisto do meu plano.
Maio para mim é um mês realmente penoso porque além dos dias das mães, tem o aniversário da minha mãe e sempre tenho duas ou mais pessoas que conheço casando... Em junho, acho que meu cartão de crédito deverá ficar guardado na gaveta e ainda bem que não gosto de festas juninas porque o prejuízo poderia ser bem pior!Ao contrário da maioria que fica triste e nostálgica no natal, eu não gosto da época do São João e, geralmente me isolo do mundo...
O cerne da questão, porém não é este.As pinceladas sobre o dia das mães, foi só uma embolação introdutória para falar de um fantasma entre as mulheres modernas: ser ou não ser mãe.
Eu confesso que estou na idade em nos sentimos vulneráveis a essa paranóia e sempre que medito sobre o assunto tanto me manter calma para não surtar... Estou lendo aquele livro campeão de vendas (mania atual é ler tudo que é mais vendido, golpe de publicidade fabuloso para vender milhões), porque sempre alguém fala ou conversa sobre o livro e quando você diz “ainda não li” parece ser o último dos seres humanos: foi assim com o fiasco do Marley, do Caçador de Código ilustrativo da Vinci (quem não sabe nada sobre are ou estória dar arte fica meio perdido); assim estou lendo aquele livro daquela americana magrela que viajou três países com I e confesso que às vezes tenho raiva dela, às vezes me solidarizo com suas confissões.
Entre elas, a dúvida de ser ou não ser mãe. Ela descreveu que jamais seria mãe, ainda não li o fim, também não sei se a autora é ou não mãe, opõe sei é que a achei vazia nesse momento.
A maioria das mulheres da minha geração está vivendo o fenômeno contrário ao de suas mães: talvez daqui a 30 anos, algum sociólogo estude ou crie a tese que separa esse omito histórico que vivemos; as mulheres conquistaram seu espaço, abriram mão de sua ocupação tradicionalmente de mãe e muitas hoje já optaram em não procriar.
Hoje, o tempo passa depressa e percebo que as mulheres de trinta não são as mulheres que dizem ser, são meninas despreparadas e que muitas vezes tentam passar maturidade, mas se perdem em suas conveniências, nas exigências de uma família tradicionalmente patriarcal e machista, e acabam fazendo casamentos, destruindo suas vidas, tudo por medo da solidão e/ou rejeição.
Quantas amigas eu não vi casarem com o primeiro príncipe “fajuto” só porque já se consideravam titias ou porque não achavam coisa melhor?Quantas continuaram suas vidas com aquele encosto de “namorido” que só as fizeram (e as farão ) sofrer porque tinham medo de passaram a “época de fogo” a sós?
A maioria de minhas amigas está preocupada porque ainda estão perambulando pelos barzinhos da vida, em busca do homem perfeito (que não existe) e se queixam que querem ter filhos, mas o tempo está passando e nenhum candidato aparece e...
-Por que não adotar uma criança se você tem tanta vontade de ser mãe?
-Mas, amiga, é uma responsabilidade muito grande!
-Casamento também não é?
-Ah, mas pelo menos o pai poderia assumir metade da responsabilidade, né?
-Ele pode sim contribuir para oferecer referenciais, é importante, eu admito, mas quantas crianças não foram criadas sem pai e foram seres humanos excepcionais, que falar das viúvas e mães solteiras?
-É...
-Então?
-Hummm, acho que é muito cedo prá isso...
-Ok, quando você tiver 50 talvez, né...
As mulheres querem o que nossas avós tinham de graça: pretendente. Óbvio que a sociedade mudou, os tempos mudaram, hoje a solteirice é bem mais atraente( principalmente para os moiçolos que continuam- mesmo com umas ruguinhas no canto do olho- a usarem camisa colada, malharem compulsivamente e irem prá balada pegar as menininhas de 20, no auge dos seus 40...).Infelizmente o bicho homem pode ter filhos até mesmo sendo um senhor caquético e eles, sabem disso muito bem.Infelizmente, o relógio biológico para com nós mulheres é implacável: um dia acordamos com 15 e outro dia não conseguimos dormir porque já temos 30...
Aliás, é triste é a ironia da vida. Qual a semelhança entre um eunuco e uma mulher que não pode mais ter filhos?Os dois podem ser bem submissos...
Antes de tudo quero esclarecer que não sou contra casamentos... Um leitor assíduo pode pensar que sou feminista ou que sou aquela militante radical que acha que as mulheres devem ser uma das personagens de sexy and the city, porém não sou assim.
Como a maioria das mulheres , sou romântica incurável sonho com meu casamento, porém não descarto a possibilidade de não vivê-lo.Eu tenho comigo meu plano B: e filhos, naturais ou não pretendo tê-los.
Aumenta a incidência de mulheres solteiras com crianças adotadas: venho percebendo através da convivência que muitas mulheres não conseguiram estabelecer a família tradicional e partiram para continuar sua estória com uma prole adotada.
Não é a síndrome da Angelina Jolie (se toda mulher depois que adotasse um órfão encontrasse um Brad Pitt, acho que não existiriam mais crianças de rua!), antes de todo esse boom de adoções eu já tinha isso em mente e, mesmo que eu tenha filhos naturais eu virei a adotar pelo menos um.
Hoje uma grande amiga de adolescência está com sua cria em casa, passando primeiro dia das mães amamentando, já que ela deu à luz faz pouco, só dois dias!Mas, esse fato me fez voltar a escrever e pensar: porque alguém não ia querer ter uma criança?Qual verdadeiro o dilema da mulher moderna: ter filhos ou não ou simplesmente não saber qual o papel que desempenha na atual vida moderna, já que ordem natural das coisas vem sendo mudada?
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