terça-feira, agosto 09, 2005

Dez grandes verdades( futilidades) sobre mim

1. Eu sempre choro quando assisto um Drama- por isso me afastei do seriado Strong Medicine, não conseguiria sobreviver sem sofrer uma desidatração...
2.Sou viciada em café- expresso, forte, grãos árabicos, hum, meu veneno preferido, não adianta o médico mandar eu parar, eu sou cofee junkie!
3.Detesto acordar cedo- aquela vida exemplar de acordar cedo, fazer exercícios matinais, argh...Eu adoro minha cama, adoro dormir até mais tarde, bem quentinha, oh delícia...Quer ver eu acordar de mal humor, pode me acordar cedo.Eu não garanto se você vai viver depois...
4.Rock nas alturas- essa peste de "roquenrol" já me fez pagar cada mico! Eu já quebrei copo dentro de casa, já chutei as canelas do meu irmão, já assustei o gato que tinha em casa, já subi na mesa, já me atirei no chão...Ufa! Só porque entro em doideira quando ouço rock nas alturas!!!
5.Sou tagarela- coisa feia...Que horror, jamais em sua vida, meu caro, puxe conversa comigo porque eu vou falar até da língua das mariposas...É tanto blá blá, que eu não sei como meu namorado me suporta, coitado... Mas, cada um tem um defeito e eu assumo que este desvio de comportamento é devido aos anos em que era sonsa, e não falava com ninguém, hahahah...

6.Tenho gostos exóticos quanto à comida- seu engraçadinho... Não vá pensando outras coisas não, tá?Adoro novos e exóticos pratos, culinária de outros países, realmente, eu gosto de ter orgasmos gastronômicos e, se não for para comer direito, prefiro nem arriscar... Afinal, quem não merece saciar sua gula num jantar maravilhoso de vez em quando?

7.Adoro dançar- uma coisa que ninguém sabe é que eu não bebo, não fumo, não uso drogas(ilegais...), mas quando eu me solto numa rave, ninguém me segura!!!É uma pena que estou sem money, sem companhia para curtir uma balada dance(pow, já faz uma cara que eu não vou...). E, para piorar, poucos belos me levaram para curtir, que droga...Mas, logo, vai aparecer...

8.Detesto quem grita- quem grita quer confusão, quer ser notado, quer impor, odeio briga, desentendimento; quem grita não tem nem educação, não respeita a base de um diálogo que é só ter a razão, não precisa se esganiçar para expressar qualquer coisa...Eu gosto mesmo de falar suavemente...Principalmente, se for um homem inteligente, bonito...hum...

9.Não sobrevivo sem cremes- podem falar, mas eu carrego meus cremes aonde eu for, não consigo sobreviver sem eles...Eu até que não uso muitos, tem mulher que usa um para cada parte do corpo, eu só uso três, no máximo cinco...É demais?

10.Adoro mãos masculinas- tara por mão de homem? Sei lá, tem gente que adora pé, queixo, olhos, eu gosto mesmo é de mão!!!Afinal, são elas que vão me dar carinho, e eu que já não sou tão "dengosa", preciso sempre delas para me acalmar...Ai, ai..
Esqueci de dizer:
Sou exageradamente romântica, não estou neste século
Amo o mar, não vivo sem ele...
Até um certo tempo atrás eu detestava a autopiedade (se estiver errado, não vou ligar...) . Eu tive um namorado que seria “ela” em pessoa: ele adorava se lamentar, se lamuriar, mas nunca percebia que estava num vício, que acabava por desfazer toda a sua expressividade, seu carisma. Ele costumava encher a cara, gastava todo seu dinheiro com futilidades e antes do fim do mês, já estava no vermelho. Depois disso, ele resmungava que o mundo era um lugar miserável, que todo mundo só queria saber dele quando tinha din din, brigava com pai, mãe e até eu, que ele não merecia passar por aquilo, que ninguém respeitava ele... Ou seja, ele adorava sentir aquilo, na verdade, ele conseguia mais atenção, pena, compaixão, assim, ele ilusoriamente “era querido” por todos. Mas, o que ele não percebia é que a autopiedade acaba trazendo parentes tão “filhas-da-mãe”, que ele, certas vezes fazia gato e sapato dele mesmo: ora, o cara não tinha auto-estima, amor próprio, nem respeito com aqueles que o “queriam”...
Várias vezes eu critiquei o cara por ele “sentir pena dele mesmo”, hoje, eu vejo como isso é impactante, como te destrói: porque uma pessoa que se sente perseguida pelo mundo, acaba criando verdadeiras muralhas para não crescer não evoluir, para não alcançar algo melhor. É algo do tipo “ah, eu estou sofrendo tanto, não vou me acabar para fazer isso, ou não estou preparado, já sou um pobre coitado vou me ‘lenhar’ ainda mais"...
Eu passei um tempo assim, e comecei a achar desculpa para não viver. Pela primeira vez - porque sempre fui rígida demais comigo, nunca senti pena de mim mesma- eu afrouxei o laço até demais. Agora percebo o quanto é vicioso você ficar com pena de você mesmo, é uma das piores drogas internas, a gente sempre deixa as coisas pra lá, espera um milagre do céu, não faz nada por merecer e internamente você acaba se odiando. Não quero sentir pena de mim mesma, porque já tive tanto motivo para “me fazer de coitadinha” e não o fiz, agora depois de marmanja é que vou desviar? Corta essa, eu não sou parente do Hardy, para repetir todos os dias “oh, vida, oh, azar..”
Ah, cansei, foda-se!!!Eu também tenho meu momento de fraqueza, mas não vou me abandonar. O que quero é respeito, não quero pena, por isso consegui sair desta porra de autopiedade!!!
Apaixone-se por você mesmo, antes de tudo. E tenha piedade, piedade daqueles que não têm culpa de sermos tão impiedosos.

O castelo dos sonhos de Anäis Nin

Comendo patifaria
vou sobrevivendo deágua e poesia
com a fé inabalável do amanhã
ao sabor de ideologia tão vã
com amores tão iguais
microafetos afetam-me macroscopicamente
e minha ironial juvenil
amarela sorrisos, emapalidece as damas...
que falar da minha paixão insana?
Ah! O castelo dos sonhos de Anäis Nin
religião nenhuma me fez inclinar
nenhuma delas me fez tão submissa
estabeleceu até lógica no absurdo...

Comendo patifaria
sou um verme anti-social
vou sobrevivendo de água e restos de poesia
ou apenas vivo como vítima
do destino trágico de não ser idiota
ou da benção de enxergar o mundo com miopia...

Meu alimento é a minha palavra
ah, se eu não confiasse nelas!
estaria morta e enterrada como toda a cultura
que não seja comercial, moral, legal.
Vivendo nos cantos
gasto meus contos
afinal, o castelo é feito dos sonhos
e a vida é feita da "sobrevivência".