segunda-feira, outubro 01, 2007

29

Perdi vinte em vinte e nove amizades
Por conta de uma pedra em minhas mãos
Me embriaguei morrendo vinte e nove vezes
Estou aprendendo a viver sem você
(Já que você não me quer mais.)
Passei vinte e nove meses num navio
E vinte e nove dias na prisão
E aos vinte e nove com o retorno de Saturno
Decidi começar a viver.
Quando você deixou de me amar
Aprendi a perdoar
E a pedir perdão.
E vinte e nove anjos me saudaram
E tive vinte e nove amigos outra vez.

domingo, setembro 02, 2007

Minha Playlist














Sean Lennon

Eu comecei a ouvir Sean Lennon por causa do pai dele, é óbvio, sou grande fã do Jonh, mas meu amigo-vizinho Thiago baixou o álbum e, resolvi conferir.O primeiro clipe que vi "Dead Meat", me apixonei pela versão oriental do Pai-Jonh: o menino no clipe está mais ajeitadinho, pois ele é meio desleixado com seu look. Suas músicas são ótimas para quem acabou de terminar um relacionamento, uma melancolia desenfreada, uma indignação contida, parece musica de "menininho de canto", mas é um álbum que você coloca e ouve numa noite solitária.

Minhas preferidas: "On again off again" e " Friendly Fire"

Crítica: ele poderia ter maneirado mais na influência dos Beatles na música "Headlights", se você ouvir e não te disserem de quem é, provavelmente você irá visualizar o Cavern Club...



The Yeah Yeah Yeahs

Apaixonei-me pelo rock visceral, pela levada punk, não sei se chamo neo-punk, pela vocalista que é super performática, as guitarras, a distorções...Ouvindo "Gold Lions", eu já dancei dentro do expediente de trabalho, principalmente quando você quer mandar todo mundo "prá aquele lugar".O Yeahs evoca essa rebeldia perdida, essa fúria que há em viver, rock glam, pura atitude.

Crítica: Nos shows, a vocalista bem que podia se vestir como nas fotos promocionais...




Amy Jade Winehouse

Todo mundo tem uma opinião sobre a Amy: é marqueteira, é descolada, não passa de uma alcoolátra bem acessorada ou simplesmente é um cantora de voz inconfundível.O que eu sei é que estava cansada desa invasão de "projetos de Barbies": uma verdadeira invasão de blondès, de louras, meu caro, vide Britney, Avril e c&a, essas coisinhas que miam, ao invés de cantar...Cool, geniosa e irônica, porque faz piada de sua própria desgraça, Amy é divertida por demais e o álbum dela" "Back to Black" não sai de meu mp4. Quando pensei que Alicya Keys e Joss Stone iam balançar, chegou a Winehouse e deixou todo mundo embriagado pela sua voz.
As minhas preferidas são: "You Know I'm No Good" e a própria "Back to Black".
Crítica: essa coisa de o pai ficar mandando boicotar as músicas dela, para ver se ela se interna...Chega de marketing em cima da bebedeira, vai para o AA, Amy!




Neko Case
Não sei a opinião dos críticos sobre a banda, mas eu faço minha leitura parca pelo que ouço: você se localiza ouvindo "Fox Confessor brings the flood", lá naqueles interiores do sul do EUA, os campos de algodão, um som que parece que foi gravado naquelas rádios nos anos 60...O sotaque é inconfundível, mas o álbum é delicioso.


Minhas preferidas: " At last" e a faixa que entitula o álbum.

Snow Patrol


Eu voava de volta para Salvador, quando ouvia no avião da perseguida TAM a música "Open your eyes" do Snow Patrol...Depois daquela sensação de pânico aéreo, eu fiquei mais aliviada com o som e coloquei na cabeça: quando eu descer eu vou baixar esse álbum. Eyes Open começa avassalador, mas não mantém o pique no álbum todo. Porém, quando a banda acerta, acerta mesmo.

Minha preferida: qual é mesmo?Ah, como tudo no álbum é "open", eu adoro "Hands open".

Crítica: eles eram mais indie, não acham?


TOP TOP

1.Across the universe- Theme from I am Sam
2.Hey Now now- Cloud Room
3.Working Class Hero- Greenday
4.Tell me what we´re gonna do now-Joss Stone
5.Back to Black- Amy Winehouse
6. Eu sou Neguinha- Vanessa da Mata
7.Apocalypse Please-Muse
8.Vou te levar- Lobão MTV Acústico
9.Crazy in love- The Magic Numbers
10.Little Acorns- White Stripes











































































segunda-feira, agosto 27, 2007

Algumas frases cotidianas em Salvador ou das legendas de "Ó paí ó"

Se quiser sobreviver em Soterópolis, tem que aprender a falar pelo menos algumas destas frases, se não você corre o risco de ser tachado de metido ou até mesmo ser mal compreendido.Por isso, lá vai umas dicas prá vocês que querem passar seu período vacante ou bacante, na Terrinha de Meu Senhor do Bonfim, hehehe...Este pequeno dicionária ainda facilita a interpretação do famoso e não sei porque tão famoso " Ó paí ó"...


'Colé, meu bródi!' - Olá, amigo.
Colé, miséra!' - Olá, amigo.
'Colé, meu peixe' - Olá, amigo.
'Colé, men!' - Olá, amigo.
'Diga aê, disgraça!' - Olá, amigo.
'Digái, negão!' - Olá, amigo. (independente da raça do amigo)
"Digái velho!" - Olá, amigo.
"Digái Rapá" - Olá amigo.
'E aí, viado!' - Olá, amigo. (independente da opção sexual do amigo)
'E ae, meu rei!?' - Olá amigo.

'Ô, véi!' - Olá amigo.
"Colé Papá" - Olá amigo.
'Diga, mô pai!' - Oi para você também, amigo!
'E ai, miséra!' - Olá, amigo!
'AÊ!' - Olá, amigo.
'Colé de merma/mermo?' - Como vai você?
'É niúma, miséra' - Sem problemas, amigo.
'Relaxe mô fiu' - Sem problemas, amigo.
'Cê tá ligado qui cê é minha corrente, né véi?' - Você sabe que é meu bom amigo, não é?
'Bó pu regui, negão?' - Vamos para a festa, amigo?
'Aí cê me quebra, né bacana' - Aí você me prejudica, não é meu amigo?
'Aooonde!' - Não mesmo!
'Vô quexá aquela pirigueti' - Vou paquerar aquela garota.
'Vô cumê água' - Vou beber (álcool).
'Colé de merma/mermo ?' - O que é que você quer mesmo? (Caso notável de compactação!)
'Eu tô ligado que cê tá ligado na de colé de merma' - Estou ciente do seu conhecimento a respeito do assunto.
'O brother tirou uma onda da porra'. - O cara 'se achou'.
'Tá me tirano d'otário é?' - Está me fazendo de bobo?
'Tá me comediando é?' - Está me fazendo de bobo? '
Se plante/prante!' - Chamada ao combate físico
'Se bote aê, vá!' - Chamada ao combate físico
'Eu me saí logo' - Eu evitei a situação.
'Shhh...Ai, mainhaaa' - Até hoje não se sabe a tradução. Sabe-se apenas que nas músicas de pagode, o vocalista está excitado com sua respectiva amante.
'Oxe!' - Todo baiano usa essa expressão para tudo, mas um forasteiro nunca acerta quando usa. 'Lá ele!' - Eu não, sai fora, ou qualquer outra situação da qual a pessoa queira se livrar.
'Lasquei em banda!' - meteu sem dó nem pena.
'Biriba nela mô pai' - Manda ver! (no sentido sexual da coisa)
'Ó paí ó' ou 'Ó paí' - Olhe para aí, olhe! -
'Num tô comeno reggae!' - Não estar acreditando ou dando muita importância.
'Num tô comeno reggae de (fulano)!' - Não estar com medo de provocação/ameaça de (fulano) 'Tome na sequencia misêre' - Tomar o troco de algo ruim que vc fez
'Eu quero prova e R$ 1,00 de Big-Big!' - O mesmo que a expressão acima. O 'Big-Big' é um chiclete muito valorizado por pessoas de todas as classes.
'Uisminoufai!' - Bebiba mais conhecida como 'Sminorff Ice'. Também é uma música do grupo de pagode (desta mesma terra) chamado 'Pagod'art'.
'Sai do chão!' - Frase típica e predileta das bandas de axé. O intuito da mesma é de que indivíduo se agite e curta o som tocado em questão.
'Ruma lá porra!' - Agir violentamente contra alguém ou algo. 'Picá lá porra!' - Agir violentamente contra alguém ou algo. 'Ruma lá disgraça' - Agir violentamente contra alguém ou algo.
'ei, ó o auê aí ô' - tida como unica frase universal a utilizar apenas vogais e ter sentido completo, significa 'parem de baderna.'
'Bó batê o bába' - Chamar os amigos para uma partida de futebol
'Bó pro reggae' - Chamar os amigos para a noitada
"Se retar/ ficar retado" - Se chatear/ ficar chateado

quinta-feira, junho 07, 2007

Dreams


Oh my life
Is changing everyday
In every possible way
And Oh my dreams
It's never quiet as it seems
Never quiet as it seems
I know I've felt like this before
But now I'm feeling it even more
Because it came from you
And then I open up and see
The person falling here is me
A different way to be
La
I want more (impossible to ignore)
(impossible to ignore)
And they'll come true (impossible not to do)
(impossible not to do)
And now I tell you openly
You have my heart so don't hurt me
You're what I couldn't find
A totally amazing mind
So understanding and so kind
You're everything to meOh my life
Is changing everyday
In every possible way
And Oh my dreams
It's never quiet as it seems
Never quiet as it seems
I know I've felt like this before
But now I'm feeling it even more
Because it came from you
And then I open up and see
The person falling here is me
A different way to be
La
I want more (impossible to ignore)
(impossible to ignore)
And they'll come true (impossible not to do)
(impossible not to do)
And now I tell you openly
You have my heart so don't hurt me
You're what I couldn't find
A totally amazing mind
So understanding and so kind
You're everything to me

terça-feira, abril 24, 2007

GREEN BOVARY

Pão Ciabatta

Patê de queijo Gruyère

Patê de tomate seco

Pepino em rodelas

Azeitonas

Azeite extra virgem

Rúcula

1 fatia de presunto de peru defumado

Ps. :Apesar de você pensar que fica com gosto de suco de clorofila, esqueça seu preconceito com o mundo verde e experimente, baixa caloria e muitas vitaminas!

Dizem que é a segunda maior Bienal do país, dizem...Dizem também as “boas” línguas que baiano é preguiçoso...Não vi este tipo de mito, quando centenas de pessoas caminharam até a Bienal, realizada no Centro de Convenções e que, mesmo mal servida de ônibus, num Sábado enfadonho e nublado foi atração do fim de semana dos meus queridos conterrâneos.
Eu que já tinha falado sobre o pecado de comprar livros neste país, mesmo com vergonha na cara, a dei a tapa, esperando achar algumas raridades, baratas e acessíveis, mas me enganei. Que insatisfação a minha, não tão solitária, mas sim solidária aos leitores de plantão e assíduos freqüentadores de cafés filosóficos que arrotam sua verborrágica inútil, mas sua opinião tão bem fundamentada, tão apetecida pelos pensadores reeditados, apenas revisitada por neologismos ou referências modernas.Pois bem, estes são a esperança de uma opinião pública tão desprovida de argumentos, de informação, enfim, a grande massa ou gado feliz que compõe o que convém ser chamado de povão.Pasmem, os doutores, os cults boçais ou os nerds metidinhos: pois este mesmo povão do apartheid literário compareceu ao fiasco que se chamou Bienal.Todavia, eu tenho minha tese, se não, vejamos: num país onde a média de leitura é baixíssima, cobram seis reais para que você entre para consumir...Eu acho que um grande incentivo seria uma campanha de doação de alimentos ou valor simbólico como um real.Segundo ponto: não entendi o propósito da bienal, pois os livros não tinham bons preços, mas sim os mesmos ou até mais caros do que vendidos em outros estabelecimentos, quem anda xeretando as livrarias sabe do que estou falando.E para fechar: livros velhos, autores falidos, exemplares rejeitados, o que é isso?Uma total falta de respeito com o leitor.Disso tudo eu tirei uma conclusão:

TESE número um: Certamente, uma Bienal chama a atenção, e o povão, a grande massa de iletrados freqüenta com peso na consciência e tenta reparar o mal que lhes têm feito programas como o BBB e, leva as gerações vindouras para se banquetear de cultura.Resultado: os “home” não querem que esse povão tenha acesso à leitura, à informação, por isso despejam exemplares de lixo para que o leitor desavisado consuma essa literatura de quinta.

TESE número dois: Os cults que através de uma saturação psico-social acabam por comprar mesmo que o preço seja insuportável, mas a alma da Bienal é não sair de mãos vazias, ou seja, “sou cult, logo tomo no...” E quem quiser que pague o preço de ser o que é.

TESE número três: eles não sabiam que eu ia para falar tão mal assim do evento.

sábado, abril 14, 2007

Antes eu estava muito chateada: não estava conseguindo acessar esta belezinha por problemas de login.Mas, aqui estou eu de volta, para o deleite de todos!


UP

1.Meu irmão está de férias!
2.Show de Zeca Baleiro sem empurra-empurra, nem aperto!
3.O seriado Roma produzido pela HBO


DOWN

1.Saber que a ilusão é doce, mas que cobra depois o preço por não escolher a verdade.
2.Estar com febre altíssima, dor de cabeça, problemas para resolver e ninguém para cuidar de você.
3.A mesquinharia humana.

domingo, março 18, 2007

Eu olhei através de um caco de vidro quebrado, na verdade perfume quebrado.Queria ver algo mais, porém o que via não era tão agradável.Cheiro forte incendiava o quarto, ela tentava limpar o chão.Rolavam lágrimas, agonias. O sol entrava por um buraco no teto, luz fraca.Na cama, sua blusa bordada, cheiro de mofo.Os olhos ferviam, a voz soluçava, “me deixem fugir, me deixem fugir...” Distante dela eu me colocava, não queria sentir mergulhar no fundo de sua frustração, abarcava os sentimentos com doses paliativas de um positivismo sem sal, mas com mais açúcar, água com açúcar, remédio para todos os males do coração feminino, doce ilusão. Enquanto eu olhava o vazio de sua vida, o quarto era pleno e adornado por pequenos mimos, talvez aqueles que nunca lhes forma dados, presenteados por ela mesma a cada partida, a cada romper de seu coração.Rolava suor, letargia. Efeito inebriante do perfume no chão,entontecia. Seus cabelos desfeitos, sua cama impecável, ela preferia o chão, frio e úmido; piso branco que refletia as sombras que não seriam apenas visuais, mas também aquelas projetadas por este absurdo de paixão. Escavucava seus flancos e juntava com as mãos os cacos.Jorravam gotas de sangue, apatia.Eu pedia socorro, mas ela é quem “dizia me deixem fugir, me deixem fugir”.Os papéis estavam para ser assinados, suas mãos trêmulas e encorpadas pelos anos no qual se afundou em sua gula desvairada e compensatória, demonstravam pouco viço, eram a exteriozação de uma vida de devoção marital, um pouco caso, na verdade, descaso, não tão rara figura de mulher sem rumo.

sexta-feira, março 16, 2007

Livros, uma culpa necessária

No meu horário de almoço eu tenho a mania de parar numa livraria e ler um livro diferente, muitas vezes volto para ler o mesmo: infelizmente ler no Brasil é coisa de rico, de gente que não precisa “labutar” todo dia, e cada vez mais o cidadão que poderia ter acesso a mais cultura, se vê afastado por mais esta “segregação literária”.Às vezes, a gente se sente até culpado em comprar...Mas como?Explico seu doutor: entre numa livraria e pergunte se uma pessoa pobre teria coragem de dar 95 reais num bom livro.Eu acho que ela prefere juntar esse dinheiro e aumentar sua cesta básica que já é tão “fulêra” que qualquer centavo, quanto mais, uns 95 reais que ajudam e muito!E veja você que o papel que é utilizado para impressão de livros é isento de impostos, imagine se não fosse...Aqui no Brasil, eu percebo o quanto ainda temos que evoluir e sinto um desânimo natural pelo excesso de coisas incorretas, imorais, e que desperdiçam tanto o recurso humano disponível quanto a riqueza ambiental que possuímos; bem, continuo na seara dos livros chamando atenção para um e-mail que li falando sobre as escolas do exterior e que traçava uma comparação muito pertinente.Nossas escolas todos os anos exigem listas e mais listas de material escolar, sendo que os livros são os mais caros itens, entretanto nas escolas do exterior tanto a rede privada como as particulares possuem livros permanentes, ou seja, o livro fica na própria escola e passa para os demais alunos que virão no próximo ano, o estudante estrangeiro não carrega peso, conseqüentemente não terá problemas de coluna (eu sou uma vítima de mochilas pesadas...), além do que não terá um custo exorbitante porque os livros já estarão a sua disposição na escola. Infelizmente, no nosso país as editoras são as responsáveis até mesmo por este caos, esta crise na educação, afinal raciocine comigo: se elas não cobrassem tão caro por estes livros, certamente, eles seriam mais facilmente disseminados dentro da nossa sociedade. Além disso, eu acho super correto o que a maioria das editoras estrangeiras faz, pois estou lendo um livro de uma universidade espanhola sobre Niesztche e o livro além de ser de fácil transporte é confecionado com papel reciclado, algo tão necessário hoje em dia!Bem, você pode até dizer, que os livros estão sendo feitos de madeira própria para estes fins e que nenhuma floresta está sendo derrubada, mas como é que fica o papel que já está sendo produzido?Vai ser entulhado, vai parar nos aterros públicos?Infelizmente no Brasil a reciclagem ainda é abaixo do que produzimos.Ademais, as escolas públicas que contratam com estas editoras (licitações duvidosas como sempre) pagam caro por algo que nem sempre é repassado para o aluno.Isto eu testemunhei pessoalmente, pois já vi várias e várias escolas que não distribuem os livros para seus estudantes, um absurdo e acho que estas diretoras deveriam ser punidas; quer coisa mais absurda do que aquele caso de que os livros foram vendidos para serem reciclados e não foram sequer abertos, enquanto os pobres estudantes se revezavam para aprender algo com o livro que era divido entre dois, três coleginhas?
Eu até comecei a fazer um desabafo, mas na verdade eu vim falar do quanto é inusitado como conhecemos as pessoas e isso sempre acontece comigo.Estava eu na Siciliano quando comecei a falar sobre revolução de 30 com um senhor que afirmava ser descendente de cangaceiros e que estava pensando em escrever a estória de sua família.Conversa vai, conversa vem, acabamos falando sobre o que você possa imaginar: de Terapia de Reiki até o DVD do The Corrs (e não é que cada vez mais o povo me surpreende? O homem era apaixonado pela vocalista da banda que realmente é linda e tem uma voz belíssima).Mas, o mais engraçado é que existem pessoas que não possuem “simancol” e percebem que mesmo te atrapalhando a leitura, continuam conversando.Ele só faltou perguntar por que o céu era azul...Óbvio que eu tive que sair pela direita, como fazia o leão da montanha famoso personagem de Hanna-Barbera, se não seria capaz de ele perguntar sobre todas as obras que existiam naquele recinto. Não que fosse uma pessoa desagradável, mas eu é que sou por demais “amável” e acabo não sendo ríspida como deveria ser dizendo “pow, eu só tenho esse tempinho para ler este livro que não tenho coragem de comprar agora”.Apesar de não deixar eu continuar o livro que foi interrompido na página 22, eu, pelo menos, consegui um cliente: afinal, ele deve ter um fator hereditário do cangaceiro- avô, gosta de uma confusão.Que não sejam das penais, pois delegacia é só para casos de parentesco em 1° grau e raramente alguns colaterais.





quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Três Anas, Duas Marias, Uma Larissa

Ao chegar em casa, me deparo com as três Anas, provavelmente filhas de um mesmo pai, que não era o Manoel Carlos, se não todas seriam Helenas-falando nisso, que novela mais chata aquela das oito, uma repetição de outras que o velho Maneco fez, sei lá, acho que ele deveria saber que o Brasil não é só o Rio, deveria inovar, mas como a elite carioca adora suas tramas, a “Vênus platinada” vai esgotar a fórmula até o “véio” embarcar para o próximo plano: não consigo ver um capítulo inteiro, acho que perdi algo de ser brasileira e gostar de novela, ou já não se fazem mais soap operas como se fazia antigamente...Enfim, onde parei?Ah, sim, as três Anas, respectivamente: Flávia, Angélica e Flora-três prédios semelhantes construídos nos idos de 1981, quando meu irmão Leandro chegava a este mundo.Não tenho muito contato com os vizinhos, mas acabei me deparando com uma vizinha que não poderia deixar de ser citada aqui.Leu o título do meu blog?Já expliquei numa publicação introdutória que é um título de uma de minhas poesias, talvez a primeira que tornei pública justamente por causa dessa minha vizinha, a famosa professora Maria José.Aquela senhora rechonchuda e morena cabo verde, com ares de beata ou até mesmo de “professourinha” primária tinha que enfrentar os dissabores de ensinar religião para uma turma de estudantes do segundo grau, no meu caso era primeiro ano. Aliás, eu fui a primeira a questionar por que não teríamos aula de Organização Social e Política do Brasil-sem aquela fachada herdada do militarismo num culto alienante ao Estado brasileiro e totalmente sem noção de nossa calamitosa situação sócio-econômica: na realidade, eu queria cair em cima do professor que fosse dar essa matéria, escolhi num ano de revolta pessoal quem seria minha “vítima”.Mas como não apareceu na grade, me frustrei. As aulas de professora Maria José eram uma verdadeira “ escolinha do professor Raimundo” ou seja, uma comédia. A maioria dos meus colegas só queriam se drogar, beber, ou “ ficar com algumas gatinhas” e lá vem uma “senhôura” querendo ensinar boas maneiras, além de encaminhar os adolescentes para a Igreja Católica.Era mais ou menos assim:
-Bom dia meus meninos, como têm passado?
-Mal, agora que a senhora vai dizer que vou para o inferno - ironizava Hugo, um dos mais rebeldes dentro da sala de aula.
-O quê, não ouvi o que disse meu filho?
-Não, pró, eu queria saber mais sobre o inferno...
-Ahhhhhhhhhhhhh, Kurt Cobain morreu!Que desgraça!
-Quem é esse meu filho?
-A senhora não conhece-hostilizava Fabian, o grunge da sala, o único a comparecer todas as manhãs sem falta na aula de educação física que a mãe dele dava...
-Como ele morreu?
-Ele se suicidou e, é o que vou fazer!
-Não, meu filho, não!Se você fizer isso você vai para o inferno, você é um jovem tão saudável, tão bonito, sua mãe deve se orgulhar e...
-Não, professora, não comece, inferno já é aqui!- todos se lascavam de rir, quando qualquer um falava da mãe de Fabian e ele ficava com vergonha, pois os meninos achavam sua mãe meio louca, mas tinha um corpo desenhado pela prática de exercícios.
Apesar de alardear que ia se matar, Fabian nunca tentou e vive até hoje.
E num desses mercadinhos da vida, eu a reencontrei os mesmos olhos cândidos que choraram ao ler minha poesia e me dizer “Isto é muito lindo minha filha, tem certeza que não copiou de ninguém? Olha a gente tem que publicar! Vou primeiro fazer umas cópias, você assina em baixo e coloco nos murais da escola, certo? Por isso que não quero me aposentar!”. Ela não me reconheceu de imediato, mas depois lembrou de mim, pois me perguntou se eu havia feito jornalismo e já tinha lançado meu livro de poesias. Eu disse que era muito cedo, e não achava minhas poesias tão boas, que preferia publicá-las aqui, no meu espaço (por isso não me desvencilhei dele).Acabei descobrindo que ela mora no Ana Angélica e, fiquei de ir visitá-la, até mesmo para rever sua aposentadoria.Quando a reencontrei era época perto de Natal, enquanto Maria, Mãe de Jesus era exaltada em todas as Igrejas.Talvez, amanhã a gente se encontre na padaria: coisas da vida.Mas, ela foi a primeira a reconhecer minha criatividade e estimulá-la a ponto de se tornar uma benção e um fardo para mim: descrever as coisas tão ricamente, num lirismo desenfreado, nem sempre é bom para um ouvinte angustiado, nem para um leitor preguiçoso.Tento podar ao máximo, não quero entediar ninguém, muito menos você meu querido leitor.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Apesar de não ser furto de uso, eu também mereço absolvição!

Lucas roubou de um blog, eu também devo admitir que furtei dele, talvez para comemorar meu centésimo post.Tenho muita coisa para publicar e pouco tempo para escrever ou digitar, mas eu vou pouco a pouco impondo uma certa disciplina, porque os amigos e transeuntes me cobram: afinal, não vais mais escrever?Vou sim, fiquem tranquilos!

Há 10 anos
1. Tinha 18 anos
2. Era bem mais idealista e ingênua.
3. Morava em Camaçari
4. Fazia o que, vestibular?

Há 5 anos
1. Estava na faculdade
2. Era a menina de ouro em Petrolina
3. Adorava o curso
4. Estagiava e trabalhava de noite

Há 2 anos
1. Já era habilitada pela OAB
2. Já não sabia o que “mais” eu queria da vida...
3. Muitos, muitos concursos
4. Sensação de que o futuro seria bem diferente...

Há 1 ano
1. Começando o projeto de um escritório
2. Fazendo concursos mais pesados
3. Nostalgia pelos bons tempos de faculdade ao rever os amigos
4. Sabe o futuro? Ainda é uma incógnita...

Ontem
1. Estuda, estuda, estuda!
2. Fiquei sendo paparicada por meus pais
3. A galera insistiu, mas nada de festinhas
4. Conversa boa no msn durante o final de tarde

Hoje
1. Jogo do Timão
2. Estuda, estuda, estuda!
3. Músicas de Shirley Bassey- linda versão de Something.
4. Cinema mais tarde?Nem pensar, amanhã eu acordo cedo e tem audiência.

Amanhã eu vou
1.Fazer alguém sorrir 2.
Estudar 3. Ver o pôr-do-sol mais charmoso
4. FATBOY SLIM só no bloco da Skol, hehehe.

Cinco coisas sem as quais não posso viver
1. Família
2. Amor
3. Música
4. Livros
5. Espelho

Cinco coisas que eu compraria com mil dólares
1. Livros, muitos livros
2. Roupas novas
3. Passagens para Floripa
4. Um laptop
5. A libertação da miopia

Cinco maus hábitos Melhor não... : P

Cinco programas de TV
1. Huff
2. South Park
3. Law and Order SVU
4. Diversos do People & Arts
5. Qualquer desfile que estiver passando eu sento e assisto.

Três coisas que me assustam
1. Loucura/Depressão
2. Perder qualquer pessoa que amo
3. Não conseguir cumprir minhas metas no plano evolutivo

Três coisas que eu estou vestindo agora
1. Óculos
2. Pjamas
3. Sandália

Quatro das minhas bandas preferidas
1. U2
2. Coldplay
3. Alanis
4. Beatles

Três coisas que eu realmente quero agora
1. Apaixonar-me cada vez mais
2. Estudar mais
3. Sair do sedentarismo e ganhar três quilos

Três lugares onde eu quero ir de férias
1. Egito
2. Europa
3. India

FELIZ DOIS MIL E SETE, PESSOAL!