Ônibus lotado.Manhã fria e desencorajadora daqueles que deveriam estar listados em alguma brecha do Código Civil como relativamente “incapazes sui generis” ou até quem sabe, numa lei trabalhista, seria algo mais ou menos assim:
Art.3.São considerados relativamente incapazes para o exercício de quaisquer atividades, funções e/ou vínculos empregatícios antes das 8(oito) horas:
I-os insones que precisam dormir 10(dez) horas, estando ou não sob efeito de drogas lícitas.
Art.3.São considerados relativamente incapazes para o exercício de quaisquer atividades, funções e/ou vínculos empregatícios antes das 8(oito) horas:
I-os insones que precisam dormir 10(dez) horas, estando ou não sob efeito de drogas lícitas.
Parágrafo único. Salvo quaisquer outras disposições, os citados no referido inciso, assumirão com maior produtividade suas respectivas funções desde que observado o disposto neste artigo.
Para quem toma remédios para dormir, é péssimo ter que acordar cedo.Dor de cabeça, cara amarrada o dia inteiro,stress no trabalho...Desço no Dique, pessoas praticam cooper,os patinhos nadando, vento assobia, a chuva vai voltar...Pirracenta, ela me faz subir os quase oitenta degraus da Ladeira da Fonte Nova, mas a visão é linda lá de cima: jatos d’àgua lançam raios furtacor sobre os Orixás entronizados em grandes estátuas, o Dique revela tons de verde, reflete os barcos, os pedalinhos para casais apaixonados, baiano malha sossegadamente, tudo parece em harmonia lá de cima. Sem muito fôlego, ainda encaro duas ladeiras, ufa!Manhã fria, mingau de milho verde, que delícia! Todo mundo em torno do Tabuleiro, policial, médico,brau , camelô, velho,mendigo, jovens, todo mundo junto, comentam quem matou e quem morreu.Esquenta o espírito do baiano em frente ao mais ilustre de nós, uma reverência ao imortal Rui Barbosa, repousa no Fórum; nos dá nobreza e inspiração.Tudo entupido,pessoas descrentes, cartórios em balbúrdia, pessoas carentes_ moça bonita, compre um halis, assim me ajuda a sustenta meus fio- engravatados, descamisados,casamentos, testamentos. Subo a´te o quinto andar.Biblioteca, poderia morar lá: um tantão assim de livros, raridades,quietude, “paz forçada”, trégua das línguas viperinas dos “colegas de profissão”.Encontro Luciana, uma mulher sofrida, mais cheia de vida, um belo exemplo, sonha em ser cantora, ensaia nos sábados, sustenta sozinha dois filhos, é gentil e solícita, quem dera a bibliotecária fosse assim(argh!).Ela me felicita pelo concurso, diz para eu aparecer mais, enquanto imprimo alguns Editais.Lú me acompanha até a porta, até o elevador, até o ponto, até breve.Pego outro “busú” até o Campo Grande. Desço pero do Hotel da Bahia, uma rua de canto perto da ANVISA, dá pra ver o mar... Ele está bravio,irado.Meu grane azul se transforma num velho sombrio e aterrador tendo ressaca.quando avança nas rochas, derruba limites, são como socos que uma pessoa magoada dá em alguém.Ele parece dizer “porque você não vem aqui agora?”, eu hein...É melhor a gente se ver num dia de sol.Vou estudar com um colega.Música francesa, casa cheia de tias com suas porcelanas antigas, móveis pesados, promessas para Nosso Senhor do Bonfim.Senhoras que andam contra o tempo, cheirando à lavanda inglesa,cuidando de suas plantinhas como crianças. Acaba a sessão de estudos.Almoço.Despeço-me do colega e já que estou lá, porque não cometer a maluquice de só caminhar?Teatro Acbeu, Instituto Ghoethe,Corredor da Vitória...Ah, eu tenho tão boas lembranças daqui...Ruas tranqüilas,gente bonita,gente de todo o canto do mundo,residentes da UFBA,marinas em alguns prédios.Começa o toró...Xii, acabou-se minha sobremesa.Mas, reparei que não tinha nada que pudesse sofrer dano com a chuva.,não dei a mínima, continuei a andar.Bittersweet simphony.Comecei a ouvir, mentalmente.De tênis vermelho, abrigo,calça jeans, não era aquela figura elegante de tailleur e scarpin.Só queria sentir a chuva, os pingos, não tava nem aí...Naquele “non sense” de andar na contramão das pessoas, você as vê melhor, explora suas reações, um prazer diferente: algumas riam, outras balançavam a cabeça enquanto procuravam se abrigar, outras diziam piadas... E o pior, eu estava ainda com o guarda-chuva do lado, fechadinho da silva; diferente do cara do The Velvet, eu não parecia aquela pessoa que acabou de tomar uma garapa de limão sem açúcar, eu tava rindo..Aquele sorriso de canto, sabe?Cínica mesmo.Ah, minha Bahia linda!Minha mãe nêga, só você para me encorajar a fazer essas “pivetagens”.Peguei o ônibus ensopada, fui até o escritório,séria, “não dá para se confiar só no guarda-chuva, amanhã eu venho atender”, cruzo os dedos.
P.S: existem dias que você precisa fazer algo mais por você mesmo.Não fique muito tempo trancado dentro de um escritório, dizendo que não dá tempo, faça seu tempo, não perca a chance de fazer “algumas maluquices saudáveis".
Para quem toma remédios para dormir, é péssimo ter que acordar cedo.Dor de cabeça, cara amarrada o dia inteiro,stress no trabalho...Desço no Dique, pessoas praticam cooper,os patinhos nadando, vento assobia, a chuva vai voltar...Pirracenta, ela me faz subir os quase oitenta degraus da Ladeira da Fonte Nova, mas a visão é linda lá de cima: jatos d’àgua lançam raios furtacor sobre os Orixás entronizados em grandes estátuas, o Dique revela tons de verde, reflete os barcos, os pedalinhos para casais apaixonados, baiano malha sossegadamente, tudo parece em harmonia lá de cima. Sem muito fôlego, ainda encaro duas ladeiras, ufa!Manhã fria, mingau de milho verde, que delícia! Todo mundo em torno do Tabuleiro, policial, médico,brau , camelô, velho,mendigo, jovens, todo mundo junto, comentam quem matou e quem morreu.Esquenta o espírito do baiano em frente ao mais ilustre de nós, uma reverência ao imortal Rui Barbosa, repousa no Fórum; nos dá nobreza e inspiração.Tudo entupido,pessoas descrentes, cartórios em balbúrdia, pessoas carentes_ moça bonita, compre um halis, assim me ajuda a sustenta meus fio- engravatados, descamisados,casamentos, testamentos. Subo a´te o quinto andar.Biblioteca, poderia morar lá: um tantão assim de livros, raridades,quietude, “paz forçada”, trégua das línguas viperinas dos “colegas de profissão”.Encontro Luciana, uma mulher sofrida, mais cheia de vida, um belo exemplo, sonha em ser cantora, ensaia nos sábados, sustenta sozinha dois filhos, é gentil e solícita, quem dera a bibliotecária fosse assim(argh!).Ela me felicita pelo concurso, diz para eu aparecer mais, enquanto imprimo alguns Editais.Lú me acompanha até a porta, até o elevador, até o ponto, até breve.Pego outro “busú” até o Campo Grande. Desço pero do Hotel da Bahia, uma rua de canto perto da ANVISA, dá pra ver o mar... Ele está bravio,irado.Meu grane azul se transforma num velho sombrio e aterrador tendo ressaca.quando avança nas rochas, derruba limites, são como socos que uma pessoa magoada dá em alguém.Ele parece dizer “porque você não vem aqui agora?”, eu hein...É melhor a gente se ver num dia de sol.Vou estudar com um colega.Música francesa, casa cheia de tias com suas porcelanas antigas, móveis pesados, promessas para Nosso Senhor do Bonfim.Senhoras que andam contra o tempo, cheirando à lavanda inglesa,cuidando de suas plantinhas como crianças. Acaba a sessão de estudos.Almoço.Despeço-me do colega e já que estou lá, porque não cometer a maluquice de só caminhar?Teatro Acbeu, Instituto Ghoethe,Corredor da Vitória...Ah, eu tenho tão boas lembranças daqui...Ruas tranqüilas,gente bonita,gente de todo o canto do mundo,residentes da UFBA,marinas em alguns prédios.Começa o toró...Xii, acabou-se minha sobremesa.Mas, reparei que não tinha nada que pudesse sofrer dano com a chuva.,não dei a mínima, continuei a andar.Bittersweet simphony.Comecei a ouvir, mentalmente.De tênis vermelho, abrigo,calça jeans, não era aquela figura elegante de tailleur e scarpin.Só queria sentir a chuva, os pingos, não tava nem aí...Naquele “non sense” de andar na contramão das pessoas, você as vê melhor, explora suas reações, um prazer diferente: algumas riam, outras balançavam a cabeça enquanto procuravam se abrigar, outras diziam piadas... E o pior, eu estava ainda com o guarda-chuva do lado, fechadinho da silva; diferente do cara do The Velvet, eu não parecia aquela pessoa que acabou de tomar uma garapa de limão sem açúcar, eu tava rindo..Aquele sorriso de canto, sabe?Cínica mesmo.Ah, minha Bahia linda!Minha mãe nêga, só você para me encorajar a fazer essas “pivetagens”.Peguei o ônibus ensopada, fui até o escritório,séria, “não dá para se confiar só no guarda-chuva, amanhã eu venho atender”, cruzo os dedos.
P.S: existem dias que você precisa fazer algo mais por você mesmo.Não fique muito tempo trancado dentro de um escritório, dizendo que não dá tempo, faça seu tempo, não perca a chance de fazer “algumas maluquices saudáveis".