Comendo patifaria
vou sobrevivendo deágua e poesia
com a fé inabalável do amanhã
ao sabor de ideologia tão vã
com amores tão iguais
microafetos afetam-me macroscopicamente
e minha ironial juvenil
amarela sorrisos, emapalidece as damas...
que falar da minha paixão insana?
Ah! O castelo dos sonhos de Anäis Nin
religião nenhuma me fez inclinar
nenhuma delas me fez tão submissa
estabeleceu até lógica no absurdo...
Comendo patifaria
sou um verme anti-social
vou sobrevivendo de água e restos de poesia
ou apenas vivo como vítima
do destino trágico de não ser idiota
ou da benção de enxergar o mundo com miopia...
Meu alimento é a minha palavra
ah, se eu não confiasse nelas!
estaria morta e enterrada como toda a cultura
que não seja comercial, moral, legal.
Vivendo nos cantos
gasto meus contos
afinal, o castelo é feito dos sonhos
e a vida é feita da "sobrevivência".
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