Eu não quero ser o futuro do subjuntivo da sua vida. Quando nós pudermos, quando tu acordares, quanto eu fugir, quando tu entenderdes. Realmente, éramos um indicativo do presente contínuo: esperando, beijando, chorando , cantando, amando, vivendo...
Nosso amor era um release instantâneo, um verbo intransitável, um tempo insustentável, uma busca de perfeição. Anos de espera, longínquos sonhos de vidas passadas, amarelaram-se os papéis, inverteram-se as cenas, o filme mudou. Novos “atores coadjuvantes”, roteiro sem controle, película estragada... Cinema mudo: eu falo nada você sabe tudo, ironia, cansaço: a vida nos comprime e nos lança num enlatado qualquer...
De romance passamos não a um documentário, passamos para o lado B de um romance, daqueles que nenhum casal apaixonado quer ver, desses que mostram o real, o cru, os tons frios de uma relação adulta, a quebra de todos os matizes brilhantes, a narrativa fosca e pasteurizada do cotidiano, sem a doçura da ilusão, com a convivência de uma verdade escarnecedora; do comum, daquilo que ninguém quer aceitar... Que na verdade o tempo é uma constante: que somos presunçosos em falar do amanhã quando devemos viver hoje, que o para sempre existe, mas que estamos longe da imortalidade do amor: que nossa vaidade e medo é o que nos leva a nos apegarmos a este sentimento, dizermos que é para sempre ou até nos conformarmos com “para sempre, sempre acaba”. O amor não acaba, o nós sim. O Verbo permanece, acabam-se as pessoas.
Com certeza, a pessoa que você mais ama é capaz de te decepcionar e, não aceitar isso é o primeiro passo para a loucura. É normal você sofrer, levar uma queda do tamanho do castelo que você construiu: destruir os sonhos é como sacrificar animais de estimação que estão destinados a morrer de qualquer jeito... Relacionamentos sem decepções são como flores de plástico, sua beleza é artificial, na verdade nunca existiu.
O final está chegando, parece o filme que a mocinha se perde olhando o sol se pôr, é internada em algum sanatório e todos seguem com suas vidas normais; eles ainda a tomam por lição: jamais chegue tão fundo... Clichê!?O mundo é um sem par de clichês, infelizmente descobrimos que acabamos dentro de um.
No fim, todo mundo diz que nunca mais vai ver este filme. Mas, todos sabem que romances bem sucedidos não interessam a ninguém, por isso há sempre uma reprise.
Todos vão ver este filme.
Nosso amor era um release instantâneo, um verbo intransitável, um tempo insustentável, uma busca de perfeição. Anos de espera, longínquos sonhos de vidas passadas, amarelaram-se os papéis, inverteram-se as cenas, o filme mudou. Novos “atores coadjuvantes”, roteiro sem controle, película estragada... Cinema mudo: eu falo nada você sabe tudo, ironia, cansaço: a vida nos comprime e nos lança num enlatado qualquer...
De romance passamos não a um documentário, passamos para o lado B de um romance, daqueles que nenhum casal apaixonado quer ver, desses que mostram o real, o cru, os tons frios de uma relação adulta, a quebra de todos os matizes brilhantes, a narrativa fosca e pasteurizada do cotidiano, sem a doçura da ilusão, com a convivência de uma verdade escarnecedora; do comum, daquilo que ninguém quer aceitar... Que na verdade o tempo é uma constante: que somos presunçosos em falar do amanhã quando devemos viver hoje, que o para sempre existe, mas que estamos longe da imortalidade do amor: que nossa vaidade e medo é o que nos leva a nos apegarmos a este sentimento, dizermos que é para sempre ou até nos conformarmos com “para sempre, sempre acaba”. O amor não acaba, o nós sim. O Verbo permanece, acabam-se as pessoas.
Com certeza, a pessoa que você mais ama é capaz de te decepcionar e, não aceitar isso é o primeiro passo para a loucura. É normal você sofrer, levar uma queda do tamanho do castelo que você construiu: destruir os sonhos é como sacrificar animais de estimação que estão destinados a morrer de qualquer jeito... Relacionamentos sem decepções são como flores de plástico, sua beleza é artificial, na verdade nunca existiu.
O final está chegando, parece o filme que a mocinha se perde olhando o sol se pôr, é internada em algum sanatório e todos seguem com suas vidas normais; eles ainda a tomam por lição: jamais chegue tão fundo... Clichê!?O mundo é um sem par de clichês, infelizmente descobrimos que acabamos dentro de um.
No fim, todo mundo diz que nunca mais vai ver este filme. Mas, todos sabem que romances bem sucedidos não interessam a ninguém, por isso há sempre uma reprise.
Todos vão ver este filme.
Um comentário:
O que dizer quando meus olhos antigos encontrarem os seus? Quantos invernos terão passado? E se não houver mais nada a ser dito, o que fazer quando a frase acaba e o mundo silencia? Da janela de minha alma espero O Dia chegar. Escuto o vento que parece que não quer soprar, e não quer me dizer que esse dia pode nunca chegar. E fico relendo as cartas que escrevo para ninguém...sem destinatário, sem endereço, sem frases...é o grito surdo do meu ser que ecoa nas entrelinhas do livro dos nossos (?) dias...sem mais...
Postar um comentário