domingo, dezembro 11, 2005

Eu quase me senti o Mr. Keating...


Quem assistiu Dead Poets society sabe do que estou falando : para aquele que se dedica a lecionar no incansável dever de compartilhar o conhecimento, vê-lo sob novas perspectivas, acompanhar estrelas que brilharão, ajudar aqueles que têm medo a subir alguns degraus que os levarão à vitória, fazer com que a esperança jamais padeça de cuidados, encorajar a ousadia e educar com amor, tudo isso faz do professor o verdadeiro Mestre. Não aqueles que se conduzem para um Olimpo inatingível com suas teses inaplicáveis e títulos emblemáticos: falo daquele cara normal, da menina sapeca, que passam desapercebidos no tumultuado dia-a-dia, mas que encerram lições maiores e melhores do que o mais sábio dos sábios.Trabalhar para um projeto social é rever conceitos e valores que se perde como profissional e como ser humano; é admitir com a paz e mansidão d'alma que caminhamos para uma evolução, que precisamos de mais humildade e menos egoísmo, que fizemos novos amigos e que ajudamos nossos irmãos a prosperar.Meu presente de natal eu já ganhei: ter trabalhado com pessoas tão maravilhosas e fazê-las sorrir e aprender.
Um de meus alunos veio, pessoalmente, agradecer-me pelo empenho e ao olhar para seu semblante notei lágrimas... Em simples palavras, ele me pedia desculpas por seus colegas, por certas vezes haver dispersão, conversa, coisas de sala de aula, dizia "sentir tanto" por estar acabando e que tudo lhe fora tão especial, que jamais esqueceria dos amigos que fizera, dos professores e de todo o projeto. Senti a gratidão, o respeito, fraternidade e a insegurança de um jovem que temia ser pequeno diante do mundo. Mas, contei à ele que passei pelo mesmo e, que a estrela de todos nós está em algum lugar esperando ser alcançada. Abracei-lhe e disse que ele nunca estaria sozinho, se continuasse a ser um grande ser humano : pois ter o coração sincero é a maior nobreza do que todo o conhecimento.

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