terça-feira, dezembro 13, 2005

Na sexta fui assistir as crônicas de Nárnia; o leão, a feiticeira eo guarda-roupa. Para falar a verdade, eu sei que haveria algo de errado com o filme...Quando fui folhear o best seller reparei que era muita coisa para um só filme: então tudo ia bem até a parte que o filme dá uma acelerada no enredo(um speedy, falha de adaptação do livro para o roteiro), que antes você via meninos que não queriam nem saber de participar de um esconde-esconde se transformarem em guerreiros decididos a lutar pelo trono e pela paz em Nárnia. Bem, poderia ter sido desenvolvido melhor, mas quando você não tem nem noção do livro a falha é imperceptível. As crianças são cativantes e pela primeira vez, senti mesmo a pureza daqueles filmes que não se fazem mais, aqueles que a bruxa parece ser uma linda rainha e lhe oferece docinhos, quando na verdade ela é cruelmente fria, ainda mais na figura andrógina de Tilda Swinton, que também fez Gabriel em Constantine.Quer saber? Fui mesmo por causa dela, esperava vê-la triunfante e com um papel maior, ela transmite toda a maldade sem se contorcer ou virar uma figura tétrica (como fazem muitos atores em Hollywood que interpretam tão mal os vilões, tornam-se caricaturas em suas carreiras) apenas com sua expressão sombria e seu rosto exótico, perfeita atriz. Eu gostei do filme, esperava mais, porém a trilha, a fotografia é bonita, o figurino da feiticeira é maravilhoso, nada de feiticeira brega cheia de pedrarias e sombra verde, peças modernas e ao mesmo tempo que remetem ao rústico de um reino desconhecido. O leão emociona, até chorei com a pequena Lucy... Já o guarda-roupa parecia mais um confessório do que um guarda-roupa, uma atuação fraca para uma madeira de lei, haha. Conheci uma colega de trabalho na fila do Multiplex, Anete que trabalha no CCAA lá do Bonfim e ficamos todo o tempo trocando figurinhas sobre o que é ensinar e ela até me perguntou se eu já tinha viajado para a Inglaterra ou USA...Sem falsa modéstia esse sotaque é de tanto ouvir meus CDS e “piratex” de artistas de língua inglesa (aliás eu preciso tanto renovar meu estoque de músicas porque com tanta banda nova surgindo, fico louca se não me alimento do som! ).Para confirmar essa minha fama, ao retornar para casa peguei o ônibus, encontrei um daqueles americanos que estão aqui de “missão” e sempre faço a brincadeira sem graça de dizer que sou da Geórgia. Enrolo até conseguir alguma confissão, se não consigo começo a rir e me entrego: não sou norte-americana, mas sou americana, sim senhor! Minha mãe diz “escolhe outro estado, pelo menos”; coisa de menina véia.

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