segunda-feira, setembro 11, 2006

Hoje eu poderia escrever como todos vão fazer, minha comoção sobre o onze de setembro.Nesse dia, eu estava dentro do Banco do Brasil, peguei uma senha de número interminável, tudo para abrir uma conta salário por causa das minhas aulas de Instrutora de Inglês no SENAC.Fiquei quase o dia inteiro presa dentro do banco e como havia televisões para fazer os pobres coitados esperarem, assistia pasma uma imagem que se repetia inúmeras vezes: um avião que se chocava contra um prédio. Tanto barulho e tanta gente sem entender nada, o plantão do JN totalmente aterrador, informava as notícias transferidas pela CNN e BBC.
Pensei que teríamos uma terceira guerra mundial, pensei logo nas pessoas que estavam nos prédios, nos quarteirões, quantas vidas interrompidas, quantas seriam marcadas.Pensei logo na minha família, liguei para minha mãe, pode parecer exagero, mas saí ligando para todos que eu gostava, só para saber como estavam, até meu namorado da época eu dei um telefonema (ele nem deve lembrar...), pois se o mundo estivesse prestes a se acabar, passaríamos todos em paz.
Exagerada, eu?Não, sou precavida mesmo. É o que sempre digo: nunca deixe de dizer “eu te amo” ou “eu te odeio”, ou “não gostei disso”, pois pode ser a última vez, quantas pessoas não partiram assim?Com coisas a resolver?
Apesar de minha compaixão pelas pessoas que não tinham nada a ver com os embates políticos e guerras made in USA, não eximo o governo Bush de sua responsabilidade nem mesmo esqueço que o contingente de pessoas mortas nos conflitos do Afeganistão, Iraque e recentemente Israel X Líbano é bem superior, fora outros como o Vietnam e Guerra do Kuwait, tendo a certeza de que apenas os inocentes é que pagam pelas guerras: mulheres, crianças, gente comum, feito eu e você.Quantos mutilados existem atualmente no Oriente Médio?Quantas famílias destruídas?Será mesmo que nossa cultura ocidental deve ser imposta assim a qualquer custo?Com o preço tão alto de vidas humanas?Nossa democracia é tão eficaz para apagar séculos de regimes teocráticos que estão intrinsecamente ligados à cultura de certos povos?
O onze de setembro é um dia de silêncio, por respeito e para reflexão.Não para merchandising de tragédias, nem jornalismo apelativo.
11 segundos de silêncio por todos os filhos sem pai e mãe, para todas as pessoas que pensavam voltar para suas casas, para todas as pessoas que ainda irão morrer pela máquina do terrorismo, pela inconseqüência do Imperialismo norte-americano.

4 comentários:

Iara Alencar disse...

Nossa, texto bonito.

Mas por mais que morreram pessoas inocntes...nao tenho péna, nao tenho sentimentos e nem comoção...
uito mais pessoas ja morreram por conta de atitudes extremistas dos SA

Anônimo disse...

Lembro tb muito bem desse dia...do medo que senti do mundo diante daquilo...de como somos impotentes diante da violencia...Senti tb vergonha em estar sã e salva, e vendo pela tv todo aquele inferno...De como essas grandes tragédias vão pouco a pouco banalizando a vida. Outro dia fiquei pasma ao ouvir numa fila, 2 senhores conversando sobre um ataque terrorista, e um deles disse a seguinte barbaridade:
- Mas parece que não fez muito estrago, só morreram 3!!!!

Triste isso, né amiga??? Enfim...


(mudando de assunto :) quero
muuito ler suas andanças pela C&A!!!!)

Beijossssssssssssssss
:)))))

Anônimo disse...

Minha Doutoura:
Até que enfim posso tornar pública a minha admiração por seus textos e principalmente PELA SUA PESSOA!
Você não tem noção do quão é bom ser SEU AMIGO!
Te adoro demais e quando eu crescer, quero ser igualzinho a você!
Dan

Bebel disse...

Oi Larissa, voce ja me visitou tantas vezes e eu nada ne..Voce que ficou curiosa..vai rolar uma saida com o dog walker dos meus caes esse sabado..acho que vai ser animal ;0)
Da um pulo no Feito as Pressas
Adorei o seu texto e me lembrei de onde estava no 11 de setembro. No meio de Dowtown em Washington carregando um laptop e tentando voltar pra casa andando no meio de uma mutidao amendrontada e assustada. Esse dia eu nao esqueco nunca.

bj